segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sempre há espaço para o amor

Ninguém ficou parado mesmo! Todos ocuparam algum espaço. E havia espaço para quase tudo ali. Muito espaço para o amor, o respeito, o diálogo, as cores, os amigos, a sinceridade. Pouco espaço para o ódio, a intolerância, o preconceito, a discriminação, a hipocrisia. Na 12º Parada Livre de Porto Alegre os espaços se uniram. Os olhos eram coloridos. A música, dançada. As performances, aplaudidas. As cores, vivas. A vida, vivida!

Muitos foram os motivos pra se comemorar. Mas houve também muita reflexão. O nosso país ainda é extremamente homofóbico. É campeão em homicídios de homossexuais. Nossa educação ainda não forma as pessoas para o respeito à diversidade. Os monopólios da mídia ainda insistem em estereotipar e ridicularizar aproximadamente 18 milhões de brasileiras e brasileiros em rede nacional. E algumas religiões ainda acreditam que a homossexualidade é uma doença.
Doentes são os que cultivam o ódio. Doentes são os que não vêem que o que vale é o caráter. Nunca ninguém me convencerá de que amar é errado.


A 1º Conferência Nacional LGBT, inédita na história brasileira, talvez seja o principal motivo de celebração. As políticas aprovadas nesta conferência visam garantir plenamente a cidadania LGBT. Mas apenas a celebração deste fato histórico não implementará as resoluções da conferência. É preciso lutar. Combater o preconceito cotidianamente. Incansávelmente.

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