Hoje eu lembrei de uma senhora que eu conheci durante a manifestação que o Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino realizou há duas semanas atrás, no centro de Porto Alegre. Sinceramente, não guardei o nome dela. Só sei que era uma senhora iraquiana, que deixou o Iraque e que agora vive aqui em nosso país.
Presenciei, emocionado, uma conversa que ela teve com uma amiga minha, a Rêgina - que coordena o núcleo do Cebrapaz aqui no RS - e, devo dizer, que nunca mais vou esquecer as palavras que ouvi da boca daquela senhora.
Ela nos contou que no Iraque, viu seus pais, irmãos, marido e filhos serem assassinados pelo exército norte-americano. Viu também sua casa ser destruída.
A Rêgina, comovida, lhe disse:
- Agora tu podes reconstruir a tua vida aqui no Brasil.
E a senhora, imediatamente, respondeu:
- Vida? Que Vida? Não existe mais vida. A única coisa que me resta é a minha fé em Alá e o ódio que guardo em meu coração.
- Agora tu podes reconstruir a tua vida aqui no Brasil.
E a senhora, imediatamente, respondeu:
- Vida? Que Vida? Não existe mais vida. A única coisa que me resta é a minha fé em Alá e o ódio que guardo em meu coração.
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