domingo, 18 de abril de 2010

Rumo do trem

Ontem de manhã, eu tive a felicidade de participar da Plenária dos Movimentos Sociais do Rio Grande do Sul, que aconteceu no Colégio Rosário, em Porto Alegre, em apoio a pré-candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. Ali, reuniram-se trabalhadores, estudantes, jovens, mulheres, homossexuais, negros, artistas, intelectuais e lideranças políticas de vários lugares do Rio Grande, representando uma pluralidade de ideias, opiniões e lutas que, unidas em torno de um projeto político comum, apontam para a construção de um Brasil da gente. De cada uma e cada um de nós. Na verdade, trata-se do Brasil que a gente já faz e sabe como fazer, a luta dos movimentos sociais é para que a gente também usufrua dele e do que fazemos. E ontem, nesta plenária - que, por sinal, me estimulou muito - pude reafirmar a minha convicção de que será uma mulher a continuar conduzindo o Brasil na direção desse projeto de um Brasil da gente, aglutinando estes diferentes agentes sociais nesse mesmo rumo. O rumo do desenvolvimento, da soberania, da igualdade social e do respeito às diferenças. Compromissos estes assumidos por Dilma Rousseff, a mulher que irá pilotar o trem na direção referida. Mas o fato é que dentre todos os compromissos que Dilma assumiu com os militantes sociais, um dos que considero muito valioso é o do respeito e diálogo com os movimentos sociais brasileiros e suas várias lutas. É evidente que eu já sabia que a Dilma tem compromisso com a democracia e com a luta dos movimentos sociais (deu, como grande brasileira que é, até o próprio sangue por uma sociedade democrática durante os anos de chumbo da ditadura militar), mas resolvi enfatizar este ponto em função da data em que a ex-Ministra proferiu, com muita firmeza, seu compromisso com quem luta por justiça e liberdade: ontem era dia 17 de abril de 2010. Aniversário de 12 anos de uma triste página da nossa história, conhecida como massacre de Eldorado dos Carajás, nos anos de assassinatos de lutadores da democracia do Governo neoliberal de FHC, no qual 19 militantes do MST foram assassinados pelos agentes de repressão do Tucano. Os rumos que o Brasil deve continuar trilhando não podem mais permitir que nossa história contenha esse tipo de página - como ainda ocorre em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Não digo que as mulheres sejam melhores ao volante, e por isso enfatizei esta questão do compromisso com a democracia, porque é este um dos principais fatores que me fez redobrar a convicção de que Dilma é quem deve conduzir o trem, pois se a questão fosse apenas gênero, Yeda também estaria habilitada, mas ela quer levar o trem pra outra direção. A mesma direção do pretendente a condutor do lado dela, o lado de lá, José Serra (PSDB), que certamente, e como já fazem, construirão os trilhos em direção aos movimentos sociais, e não porque eles invistam em infra-estrutura. É pra passar por cima mesmo, ao estilo deles, como em Eldorado. E com Dilma, nós dos movimentos sociais, somos os vagões que sustentam e guiam nosso trem no rumo que à nós pertence. É por representar esse rumo que será uma mulher, Dilma Rousseff, a conduzí-lo

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